16 de
outubro é o dia nacional do instrutor de trânsito, o que esse profissional tem
para comemorar?
Ser instrutor
é uma profissão árdua, que requer muita dedicação e empenho, são desafios
imensos, onde precisa formar um cidadão para conduzir um veículo com segurança,
onde muitas vezes esse está tendo o seu primeiro contato com um veículo
motorizado, outros já vem de um longo período que conduz, muitas das vezes
carregado de automatismos errados, onde o instrutor precisa reconstruir todo um comportamento
que foi tecido com valores que são repassados de forma errada, geralmente
por alguém que não entende do assunto.
Como
em qualquer processo de aprendizagem, a formação do condutor deve prepara-lo
para a vida, onde o ensino precisa ser moderno e está conectado com a
realidade, devendo deixar de lado prática mecanizadas, onde para muitos aumentar
as etapas da prova prática significa formar melhor o condutor, isso é uma grande
contradição, que só vai engessando cada vez mais as aulas teóricas e/ou práticas.
Um dos
pilares em que se sustenta a segurança do trânsito é a educação, onde em seu
sentido amplo deve visar romper com a visão reducionista do processo educativo
que prioriza apenas a transferência e a aprendizagem de conteúdos específicos, devemos
focar na criação da autonomia do individuo e na permanente construção de
valores que vão nortear o seu comportamos.
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto
histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico,
participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e
responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a
informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade
nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver
problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os
dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças
e as diversidades (BNCC)
Essa vertente deve ser seguida pelo instrutor de trânsito, visto que o conceito de educação é firmado em quatro Pilares, são eles: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser. Estes são itens fundamentais para a transmissão da informação e da comunicação adaptada à sociedade moderna.
Perguntar
ao condutor se alguma vez ele já se sentiu desrespeitado na faixa enquanto era
pedestre, para que não faça isso como condutor é despertar EMPATIA, que é
a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na
mesma situação vivenciada por ela.
Questionar
ao aluno como ele iria agir se um condutor começasse a buzinar imediatamente após
o sinal abrir, pois isso é fato comum que tira muitos do seu foco, que deve ser
de muita atenção, é despertar um comportamento de PACIÊNCIA e EQUILIBRIO.
Querer
saber como o aluno iria agir se alguém a frente estancar o carro, onde buzinar
em nada vai ajudar, significa dizer que devemos utilizar atitudes racionais para poder
fazer julgamentos e escolhas assertivas, BOM SENSO, de acordo com os
padrões morais de uma sociedade.
Mostrar
ao aluno que na calçada tem um pedestre usando o celular, e que este pode
atravessar a rua sem os cuidados necessários, é despertar a ATENÇÃO DIFUSA.
A formação do condutor precisa, portanto, envolver a educação ampla da pessoa, para além da sua dimensão mecânica, considerando suas experiências prévias e as condições inerentes à realidade social em que vive. Esse é o verdadeiro papel no instrutor, onde prepara o cidadão para participar, de forma autônoma, do maior espaço social existente na esfera terrestre, o trânsito, devendo a aprendizagem ser continua e permanente.
Você tem muito para comemorar, pois certamente sua profissão já preservou vidas.
Por
oportuno, parabenizamos todos os instrutores de trânsito, que ensinam muito
mais do que dirigir, ensinam para a vida.
JUNTOS SALVAMOS VIDAS
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